Lembranças...

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Clima descontraído. Gurizada toda reunida na casa da vó; como sempre foram as férias. Mas eu estou só de corpo presente. Distraída. Dentro do meu infinito particular. Como podem aqueles olhos me enfeitiçar depois de tantos anos? Crescemos juntos. Fomos namoradinhos. Somos melhores amigos. Quando ele me toca, fala comigo e sorri é como se nada mais houvesse na minha volta. Todos se juntam na sala ao redor da lareira – só ela nos aquece do frio que faz na fronteira. Tanto tempo se passou desde a última vez que estivemos todos juntos. Risadas, apelidos, brincadeiras infantis, provocações. As atenções dele se voltam pra mim, a cada coisa que me fala, sinto um calor subir nas minhas bochechas. Ele ri. Diz que fico até bonitinha sem graça. Mas logo ele deixa a sala. Permaneço ali e ele volta com um cobertor pra nós dois. Esfriou mais. Dizem que neva na serra. Ele me abraça, como fez tantos milhões de vezes, mas dessa vez eu tremo. Saudade de nós dois. Dos beijos, dos abraços, dos carinhos, das tardes inteiras juntos. Ele entrelaça os dedos nos meus, deita a cabeça no meu ombro. Enrolo meus dedos nos cabelos dele. A conversa continua animada, a vó chama pra jantar. Quando vou levantar ele me segura, diz pra eu esperar. Encosta bem de leve o nariz no meu, me olha com a cara mais safada e nos beijamos devagar, como se estivéssemos descobrindo o gosto um do outro. A língua macia massageando a minha, a boca colada, que gosto doce ele tem; que calor bom. Nos abraçamos forte, como se assim pudéssemos ser um só. Ele segura a minha nuca, beijo o nariz dele, os olhos, o queixo. Ele beija meu pescoço. Puxo o corpo dele pra mais perto de mim, enquanto ele faz o mesmo com o meu corpo segurando a minha bunda. Meu coração parece que vai sair pela boca. Ouvimos a vó perguntando por nós dois, rindo ao dizer que deveríamos estar disputando alguma coisa. Mal consigo tocar na comida, durante o jantar. Ele senta do meu lado e sempre que me olha levanta a sobrancelha, com um ar safado que me deixa vermelha. Alguns primos notam, e a mesa toda diz que estamos confabulando mais alguma brincadeira. Ameaças, risadas. E eu só consigo me concentrar na sensação do calor do corpo dele colado ao meu. Namorado algum fez isso. Nunca deixei. Sempre soube que ele seria o primeiro. Pelo menos eu espero que sim. Não consigo pensar em mais nada. Depois da janta o esquenta pra festa; falei que não iria, o cansaço havia tomado conta de mim. Perguntaram se eu o deixaria ir sozinho. Ri sem graça. Ele se diverte me vendo tímida e fala que depois da festa me compensaria. Morro de raiva, ele tem o dom de me fazer voltar à infância com meia dúzia de palavras. Retruquei a provocação chamando pelo apelido de infância. Meu Deus, como queria beijá-lo de novo. Sentir as mãos no meu corpo. Ele veio me apertar pela brincadeira. Derreti nas mãos dele, sorrindo boba. Só consigo ver ele na minha frente. A vó chega na sala e diz quem vai dormir onde. O quarto dele é meu. Ela pergunta se não vamos brigar, como fazíamos sempre, respondo que basta ele não me provocar. Ele diz que é só eu não falar nada. Rimos todos. E eu subo com a vó. Me deito e adormeço. A casa silencia. Acordo com ele sentado do meu lado, me olhando, dizendo que está com frio e que eu chegue pro lado afinal a cama é dele. Faço isso rindo. Que guri bem nojento. Cheio de marra. Ele deita, me abraça. Fica me cheirando. Fecho os olhos e levo a minha mão à nuca dele. Ele beija meu pescoço. Meu coração dispara. Vai subindo devagar até a minha boca enquanto as mãos tocam de leve o meu corpo inteiro, mesmo por cima do pijama. Aos poucos vai deitando por cima de mim. Ao abrir os olhos vejo os dele tão perto dos meus que é como se fossemos extensão um do outro. Digo a ele que o amo muito. Ele sorri e diz que não mais do que ele a mim. Estou entregue. Ele sabe disso, pergunta se eu tenho certeza. Falo que com ele sim. Nos beijamos novamente, beija o orelha, o queixo, a boca de novo. O pescoço, enquanto uma das mãos está entre meus cabelos, a outra pousa sobre meu seio. Ele aperta, firme e delicado. Vai descendo até chegar o primeiro botão do pijama, ele me olha de novo com a sobrancelha levantada, dá um sorriso safado, e a cada botão que abre, beija a parte que ele desnuda. Meu coração acelera, mordo meu lábio e sinto uma onda de prazer invadir minhas entranhas quando a boca dele alcança meu seio. Que é massageado com a língua, chupado, mordido. Quanto mais inquieta fico, mais ele se demora ali. Enquanto a boca está num, o outro é cuidado pela mão, apertado ora com doçura, ora com safadeza – é quando eu procuro os olhos dele que sorriem, feito criança travessa. A sensação é de que estou saindo do meu corpo. A outra mão curiosa desce por dentro da minha calça, alcançando-a. Sinto os dedos curiosos dele tocando meu sexo. É como se eu tivesse levado um choque de prazer, quando ele roça os dedos no sininho. Fecho os olhos de novo, mordo o lábio e solto um gemido de prazer. Ele desce beijando a minha barriga. Puxa minha calça de pijama e a minha calcinha. Sento na cama e o ajudo a tirar a camiseta, e a calça. Nos beijamos novamente, ele me deita na cama, abre as minhas pernas, beija as minhas coxas, morde-as e chega até a grutinha. A língua quente e úmida tocando, pressionando, lambendo. Os lábios se fechando, num beijo, no sugar do meu corpo, o ritmo delicioso; fazem com que eu me arrepie inteira. Ele pede que eu rebole pra ele. Meu instinto é de puxá-lo todo pra dentro de mim. Estou gemendo, perdendo os sentidos, ele aumenta o ritmo, usa mais força, morde de leve, aperta a minha bunda com as mãos. Meu corpo explode de prazer, derreto inteira na boca dele. Ele sorri satisfeito. Minha boca seca, como se recobrasse a consciência fico tímida. Ele me abraça, me beija. Sinto ele excitado. Devagar tiro a cueca e peço a ele que me ensine tudo. Pergunta se tenho certeza, aceno com a cabeça; ele então pincela bem devagar pra que eu relaxe e o desejo aumente e aumenta, aumenta. Meu corpo implora pra que ele consume. Ele encaixa só a ponta e vai entrando, bem devagar. Num misto de prazer e dor, tento relaxar. Sinto cada pedacinho sendo invadido. Quando completamente dentro, ele pára. Beija a minha boca com um desejo louco, como ainda não tinha experimentado. O beijo perfeito ficava ainda melhor. Devagar se mexe como se fosse se retirar e quando menos espero entra, a cena se repete. Fecho os olhos e mordo meus lábios, passo as minhas mãos pelo peito dele. O seguro pelas costas. O enlaço com as pernas. Ondas de prazer me invadem a cada vai e vem ritmado. A cada beijo, a vontade de que ele entre mais e mais aumenta. A dor que sentia é superada pela vontade de que ele não pare. Ele morde um biquinho, ainda duro, me deixando louca. Ele ri. E aumenta a força, o ritmo; logo meu corpo explode de prazer, antes que eu acabe gemendo alto me beija, fico tremendo. Ele continua aumentando ainda mais o ritmo e logo o vejo ter a mesma explosão. Desta vez eu o beijo. Sinto o líquido quente me invadindo, como símbolo do prazer e da consumação do nosso amor. Continuo tremendo, respirando ofegante. Corpos suados, sorrisos bobos. Posso ouvir o coração dele acelerado. Tenho vontade de nunca mais sair desse momento. Acariciando meu rosto, me beijando, me dá a certeza de que vou ser pra sempre a polakinha dele, haja o que houver, passe o tempo que passar. Sinto vontade de chorar, chorar de felicidade. Meu amor, meu melhor amigo, meu homem, meu namoradinho eterno, meu professor. Ele ri, com a carinha mais linda e safada do mundo e diz: agora a gente dorme assim! Deita a cabeça no meu peito, encaixado em mim ainda, me abraça, eu o abraço e fico mexendo nos cabelos dele e logo o torpor que tomou conta de nós dois nos faz adormecer.
Essa foi a primeira “aula” de milhares de outras que vieram e virão. Haja o que houver, passe o tempo que passar, sempre seremos nós dois, de um jeito único. Que me leva pro céu e me faz viver no inferno!


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